Nessib (Antonio Banderas) e Ammar (Mark Strong) são líderes de seus povos e após a derrota do segundo para o primeiro, um acordo implicava na entrega dos dois filhos para serem criados pelo inimigo. Criados por Nessib ao lado da filha Princesa Leyla (Freida Pinto), Saleeh (Akin Gazi) e Auda (Tahar Rahim) se tornaram homens. Enquanto um só pensa em retornar para as terras do pai, o outro só quer saber de ler e conhecer cada vez mais coisas. Enquanto isso, uma nova disputa por terras está em curso, tendo em vista que um pequena faixa de terra esconde sob o solo um valioso e cobiçado líquido negro: o petróleo. Para completar, Saleeh tenta fugir das garras de Nessib, mas o plano não saiu como ele imaginava.


CRÍTICOS DE CINEMA





Não adianta procurar no mapa do Oriente Médio os reinos de Hobeika e Salmaah, o "Cinturão Amarelo" ou o deserto conhecido como a Casa de Alá. Embora se ambiente num contexto geopolítico bem definido do século 20, o cenário de O Príncipe do Deserto (Black Gold) é obra de ficção, o que combina com o clima de Mil e Uma Noites do filme deJean-Jacques Annaud (O Nome da Rosa, Círculo de Fogo).

O roteiro, escrito por Menno Meyjes (A Cor Púrpura,Indiana Jones e a Ultima Cruzada), adapta o livro de 1957South of the Heart, do suíço Hans Reusch. Depois de travar uma guerra, o vencedor Nesib (Antonio Banderas) e o derrotado Ammar (Mark Strong) combinam uma trégua, na qual nenhum dos dois ocupará a faixa de terra que divide os dois reinos, o Cinturão Amarelo. Acontece que transcorrem os anos 1930 e exploradores dos EUA descobrem petróleo no terreno neutro; Nesib rompe o combinado e passa a extrair o "ouro negro". Está para recomeçar o conflito, portanto, e quem se vê no meio da guerra é o príncipe Auda (Tahar Rahim, de O Profeta), filho de Ammar apaixonado pela filha (Freida Pinto) de Nesib.

O dinheiro do Catar e do produtor tunisiano Tarek Ben Ammar - cerca de US$ 55 milhões, uma das produções mais caras bancadas por árabes sobre um tema árabe - consegue pagar o elenco de ponta do filme, mas apesar de Freida Pinto ser uma princesa digna das histórias de Sherazade é impossível não sentir que O Príncipe do Deserto é um produto anacrônico, de um tempo em que o Ocidente ainda se encantava com os mistérios das areias, porque os desconhecia.

Na verdade, nos anos 1970, quando o livro de Reusch quase virou filme pelas mãos do próprio produtor Ben Ammar, esses épicos à moda Lawrence da Arábia (1962), que adotavam o modelo eurocêntrico de romantização das histórias árabes, já estavam fora de moda. Em 2012, portanto, fica ainda mais difícil engolir estereótipos (os ladrões charmosos à Ali Babá, a princesa que seduz seu pretendente dizendo "relaxe, você está num harém") e a simplificação da questão do petróleo.

Basta bater o olho na ficha técnica pra ver qual é a de O Príncipe do Deserto. Diretor francês, escritor suíço, roteirista holandês... O dinheiro pode ser dos árabes africanos, mas, infelizmente, tanto no cinema quanto na indústria petrolífera, a voz continua sendo a dos ocidentais.


A Cor Púrpura é um excelente filme também, vale a pena assistir com  Whoopi Goldberg e Danny Glover

beijinhos.


3 comentários:

  1. Oi Sol,
    bom dia,
    controverso o seu comentário, mas maravilhoso ao mesmo tempo
    política e poder estão sempre no meio!
    (de qualquer maneira este filme vai ser um sucesso, eu não tenho nenhuma dúvida)
    assim está o mundo!!!

    Desejo-lhe um lindo fim de semana
    um grande beijo

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    Respostas
    1. Ola Ariel , os críticos não perde tempo né ... as criações deles realmente é excelente ....beijinhos :P

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  2. Esse filme deve ser ótimo gosto desses tipos de filmes de deserto, Sol tem post novo lá no blog vem conferir, passando pra desejar uma ótima semana fique com Deus beijos.
    Blog/Grupo Amigos/FanPage/ Pinterest/NetworkedBlogs/Bloglovin

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